O artigo “História de uma cara”,
da revista mensal National Geography (edição
de setembro de 2018), conta a história de Katie Stubblefield, jovem
sobrevivente de uma tentativa de suicídio a tiro. Tendo sido a 40ª pessoa, e
também a mais jovem, a receber um transplante de cara, a sua jornada albergou 2
anos de um exaustivo trabalho de investigação liderado por Joanna Connors.
“O nosso rosto
diz ao mundo quem somos, desencadeando um caleidoscópio de emoções”. Ainda que
as fotografias do percurso de Katie apelem ao impressionismo, acima de tudo,
espoletam discussões sobre o que nos define como seres humanos de díspares
identidades. A conciliação da expressão do olhar, do posicionamento das mãos, do
equipamento médico e a permanência da família demonstra não só a essência da
abertura de uma nova “porta para o futuro”, como também o imutável e
incondicional apoio familiar. As subliminares mensagens proporcionadas pelas
chocantes fotografias de Lynn Johnson e Maggie Stebber conferem, deste modo, um
caráter emotivo e empático ao artigo.
Conforme o
avanço da medicina, novos desafios vão surgindo. À medida que o leitor se
confronta com testemunhos de alguns dos 11 cirurgiões envolvidos neste, mais a
relevância deste procedimento é realçada. Segundo os especialistas, a
importância do mesmo não deverá estar correlacionado com embelezamento
estético, mas sim com a sua proficuidade, sendo encarado como uma mais-valia que
pode mudar a vida de alguém que, por inúmeras e variadas razões, vê o seu rosto
ficar desfigurado.
Na capa, Katie segura um ramo de flores
enquanto a luz parece refletir no seu rosto ao olhar para o exterior, como uma
promessa de um futuro. Assim, ao desencadear sentimentos de ternura, a notícia transparece
não só a prontidão médica ao abraçar este projeto, ainda considerado
experimental, como também o poder das segundas oportunidades.
Nísia e Mariana | 12.º B
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